quarta-feira, 26 de novembro de 2008

West Side Story - Noticias





Teatro: Musical estreia sexta-feira mas tem casa cheia até Maio


‘West Side Story’ custa 1,5 milhões


Perto de um milhão e quinhentos mil euros foi quanto custou a nova loucura de Filipe La Féria, ‘West Side Story – Amor Sem Barreiras’, que estreia sexta-feira no Teatro Politeama, em Lisboa, mas que já tem seis meses de "casas quase cheias" em reservas.


Em tempo de crise, o encenador – que está excluído da Lei de Mecenato por fazer teatro comercial e que não tem qualquer apoio do Estado – continua a contar com o público e diz que tem de agradecer aos patrocinadores e, sobretudo, aos actores, que durante os ensaios receberam metade do salário pa-ra que a produção pudesse continuar. Mas o futuro rima com optimismo.


"A qualidade vence sempre. Acredito que este espectáculo vai estar mais de um ano em cena", diz La Féria, que volta a apostar nas estrelas da casa: Anabela e Lúcia Moniz (que dividem o papel de Anita), Carlos Quintas ou Pedro Bargado, revelação de ‘Jesus Cristo Superstar’.


Estreado há 50 anos na Broadway, ‘West Side Story’ tem música de Leonard Bernstein e libreto de Stephen Sondheim, aqui traduzido pelo próprio Filipe La Féria. O encenador ainda se recorda da loucura que foi a estreia do filme homónimo, nos anos sessenta. "Foi toda a gente a correr aos Porfírios comprar jeans!"
Ana Maria Ribeiro
Correio da Manhã 26 Novembro 2008

'West Side Story' estreia esta semana no Politeama


Musical. Filipe La Féria queria adaptar o clássico da Broadway para os palcos nacionais há vários anos. A antestreia está agendada para sexta-feira, pelas 21.30. Até dia 5 de Dezembro, a peça será apresentada aos patrocinadores numa série de sessões especiais com uma lotação limitada

Musical custou mais de 1,25 milhões de euros

Mais de meio século depois da estreia do original na Broadway, Filipe La Féria apresenta a sua versão de West Side Story sexta-feira, em antestreia no Teatro Politeama (em Lisboa). Durante uma semana, até 5 de Dezembro, a peça será apresentada a alguns patrocinadores, em sessões que ontem foram apelidadas de "estreias", numa conferência de imprensa. Contudo, também serão vendidos alguns bilhetes para estas sessões.

Transportar o clássico musical para os palcos portugueses não foi uma tarefa fácil. "Custou muito dinheiro", admite o encenador. "Para cima de 250 mil contos. Nem sei quanto é que isso é em euros", brinca, antes de sublinhar, num tom mais sério, que apesar de ter gasto mais de um milhão e 250 mil euros "não teve quaisquer apoios do Estado". Esta independência económica distingue as produções de La Féria de outras peças, dependentes de fundos públicos.

Mas o encenador admite que não poderia ter feito esta peça sozinho. Também "vive de alguns patrocínios de empresas", apesar de ser "patrocinada pelos próprios criadores", ou pela jovem equipa de actores e figurantes. Como é habitual, o elenco foi escolhido após uma série de audições abertas a qualquer pessoa. Desta vez, "foram apurados 54 cantores, actores, bailarinos e músicos", de entre mais de quinhentos candidatos.

Ricardo Soler, um dos protagonistas, foi descoberto nestas audições. "Vim com uma amiga minha, só mesmo para a apoiar", explica. "Depois decidi tentar também. Entretanto ela desistiu, mas eu segui em frente". Quando conseguiu o papel, já tinha participado na Operação Triunfo e integrava o elenco de Chamar a Música, apresentado por Herman José, mas não tinha qualquer experiência como actor.

Na peça, Ricardo é um dos actores que encarnam Tony, o antigo líder dos Jactos, um gangue branco. Partilha o papel com Rui Andrade. Maria, a sua amada e a irmão de Bernardo, o líder dos porto-riquenhos Tubarões, é interpretada por Cátia Tavares e Bárbara Barradas. O conflito entre as famílias destas personagens está no centro da história deste musical, que transporta a acção do Romeu e Julieta de Shakespeare para a Nova Iorque da década de 1950.

A ligação ao escritor inglês, foi um dos factores que levou o autor a adaptar a obra, que também traduziu. "Era um sonho meu desde que interpretei o papel de Romeu, com perto de 18 ou 19 anos", admite. "Semptre tive sempre este sonho de contar essa história, de fazer o Romeu e Julieta ou o West Side Story".

O sonho de Filipe La Féria traduziu-se num "grande espectáculo", que se estreia no final da semana no Politeama. Segundo o próprio encenador, o resultado final encontra-se ao nível de algumas produções internacionais. "No West End ou na Broadway raramente se vê um espectáculo com tanta qualidade".
LUÍS FILIPE RODRIGUES
DN 26 de Novembro de 2008

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1 comentário:

Anónimo disse...

Deve ser um musical espectacular, é muito talento junto.
O talento do encenador e o talento de cada um dos actores e, principalmente para mim, a presença e o talento de Pedro Bargado.
Uma voz como há poucas e uma presença fantástica em palco.
Muita M....
bjs
Clara B.